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sexta-feira, 30 de março de 2012

Despertar

     É dificil escrever palavras bonitas, sobretudo ultimamente. Palavras, como dizia Graciliano, não foram feitas para enfeitar e, sim, para dizer. Enfim, as aulas da universidade começaram há quase dois meses, mas parece que só agora começaram realmente. Assisto friamente às pessoas caminhando no corredor e penso na diversão que seria ter uma espingarda e sair mirando pra esses patinhos formados na minha imaginação. Não que eu seja um psicopata - longe disso. Conversei com Lili ontem e ela me contou uma história. Acho legal contá-la aqui. Ela não vai achar ruim, já que Lili é apenas um codinome. 

     "Tudo começou quando meus pais, no domingo, foram para a praia. Eu fiquei em casa sozinha. Como isso era raro, decidi pegar as bebidas do meu pai e mandar 'pra dentro'. Era muito mais forte que as bebidas que eu estava acostumada e, assim, não demorou muito pra eu ficar tonta. 
     Fui tomar banho. Sai do banheiro pelada mesmo, afinal não tinha ninguém em casa. Vi meu cachorro em frente a porta do meu quarto, então o chamei para vir deitar junto comigo. Estranhamente, ele veio fuçar minha buceta. Eu fiquei assustadíssima, mas relaxei e ficou bom. Não sabia o que pensar e sem pensar fiquei de quatro fazendo com que o cão subisse em cima de mim. Foi ótimo."

     Fiquei impressionado. Nunca havia conhecido alguém que tinha feito com um cão. 
     Se a universidade parece que começou agora é por causa da chatice imensa que começou a preencher o vazio que eu tinha quando as aulas começaram. Hipocrisia, melancolia, mentira, Infame inocência. Se a minha mente pudesse sozinha dizer o que tem vontade, ela diria um foda-se que daria de ouvir na puta que pariu.

Um comentário:

  1. Excelente, Métius ! O texto é vibrante e visceral. Sem adornos, sem floreios, ele é real e cru. Essência libertina é isso. Parabéns !

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