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sábado, 10 de março de 2012

Não mata, mas faz mal


     Eram sete e meia da noite e eu estava saindo da universidade. Tinha sido um dia, na maior parte dele, triste. Eu cheguei na sala às sete e quinze da manhã e ela já estava lá, sentada onde costumava sempre ficar. Ela estava tão bonita e isso me fez sentir mal. Ela não me queria e isso estava claro, evidente. Eu não queria ter ido assistir aula, mas queria ir ver Ludi, mesmo que isso me fizesse mal. É agoniante ter que olhá-la sempre que ela faz algum comentário, mas não olhá-la também é inevitável.
     Não importava o máximo que eu fizesse por que nela não despertava o minimo de sensibilidade, afeição ou correspondência. Então, depois da universidade, decidi pegar o ônibus e ir direto para o bar mais louco da cidade( Empire of Indie) e não deixar que tristeza nenhuma me afetasse ainda mais. Tomei algumas cervejas, pois, afinal, eu estava num bar e logo tudo se transformou num único espaço. Encontrei, mais tarde, com Bárbara, uma velha amiga. Passamos algum tempo longo conversando, pois o tempo que conversamos foi o bastante para terminar uma garrafa de conhaque inteira. Conversávamos tentando manter uma amizade que não existia mais.
     O último gole da garrafa foi da amiga de Bárbara. Daí, enquanto éramos três, o tempo foi curto. Bárbara apenas me apresentou sua amiga e foi embora, pois tinha que ir. Perguntei se Lili não ia junto, se ia ficar só, e a resposta foi que ela não ficaria sozinha e me beijou. Olhei para trás e surpreendi Ludi que virou rapidamente quando viu que eu percebi que ela estava a me olhar.
     O dia tinha sido, em sua maior parte, triste. Agora tinha um tico de fracasso, mas também uma felicidade que me envenenava.

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